"Vou-te enviar uma carta"
Li... reli... e... "Não uma mensagem por telemóvel, ou um email. Não, uma carta como se fazia dantes. Vou comprar um selo (quanto custará?), envelope e papel ainda por aí tenho. É outra coisa, sabes? Já me vejo a ponderar cada palavra, porque numa carta as palavras têm um peso diferente, uma força muito maior. Hoje a vida é feita de rapidez, aceleração e tudo é descartável , dos objectos às amizades e, claro, o amor. O amor tornou-se tão antigo como as cartas, as que têm selo. A paixão, essa, é actual e constante. Toda a gente tem necessidade de estar apaixonada. E raros são os que conhecem o amor, porque para tal é necessário tempo, empenho, sacrifício e alegria. O amor passou de moda. Ninguém quer sofrer, ou lutar, ou investir numa relação, ultrapassar momentos dificieis e acreditar que há um futuro. Por isso a sociedade anda assim, perdida, desolada, sem sonhos. É altura de voltar às cartas de amor ou de tristeza, não importa. Desde que gastemos tempo, carinho e coloquemos de