Os "Dois lados do mesmo Adeus"

"Caem como folhas
Lágrimas do seu rosto
Sua vida antes desta
Deixou-lhe um desgosto

Entre dois suspiros
Sobe-lhe, na face
Sem favor
Abre-se a janela
Tenta um disfarce

Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Deixo-me ficar

Nunca quis saber
Nunca quis acreditar
Que irias partir
Não podias cá ficar
Nunca quis escutar
E muito menos quis ouvir
O teu silêncio que avisava
A intenção de não voltar

Podes crer
Bem que me disseram
Para nunca me dar
A uma pessoa ou a um lugar
Podes crer
Se um homem nunca chora
De que servem estes olhos
Se não podem mais te ver

Queria ver
Queria saber
O que fazias tu
Que estás aqui a observar
Estás a ver
Estás a perceber
Pode ser que um dia
A gente volte a se encontrar
Agora embora,
Agora sem demora
Deixa-me ficar aqui sozinho para pensar
Agora agora
Que a minha alma chora
Como diz alguém
Vou me perder pra me encontrar

Esse choro triste
Desespero seu
Pra tentar dizer
Nada se perdeu

Pede-me que fique mais
Por um segundo eterno
Como se quisesse ter
O meu beijo terno

Aperta-me a mão
Ri por um instante
Deixo-me ficar
Só por esse instante"

Miguel Majer/Manuel Lourenço

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