Não tinha saudades da chuva...

Mas é um facto que só ela tem este poder...
Chega, atinge todos, tem o poder de estragar ou regenerar, faz com que os humores fiquem diferentes...
Hoje caía direitinha contra o vidro do carro... Cada pingo maior que o outro...
Ela sabia que eu tinha aquela defesa e não me conseguia atingir...
E eu enfrentei-a... O pior que me podia acontecer era molhar-me...
Mas ela não parou de descer e eu tive que sair do carro, agora sem defesas, estava à sua mercê!
Estava gelada, depressa me molhou o cabelo, depressa me chegou ao rosto...
Depressa inventou que chorava sem lágrimas...
Rapidamente fiquei com vontade de parar por ali e pensar... Pensar que a chuva pode fazer milagres... Que a chuva me pode ajudar mas que não lava tudo, não leva tudo...
A chuva agudiza os nossos medos, os nossos erros, mais e mais... E nem com a força ela os arrasta para bem longe... A chuva obriga-nos a pedir defesas, protecção...
Hoje podíamos ter estado à chuva, a todas as horas...

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